Passou o tempo em que praticar arte marcial era associado a uma atitude de marmanjo. Na verdade essa associação nunca esteve correta, pois desde que o monge budista Bodydharma, há mais de dois mil anos, uniu o aprendizado das artes marciais ao ascetismo e às práticas de meditação, sua essência passou a ser o autoaprimoramento no exercício pela elevação espiritual. Naquela época, o aperfeiçoamento de técnicas de batalha era muito importante para a autodefesa, nunca para atacar.
Os tempos mudaram e hoje os tatames são ocupados por um público bem eclético, inclusive por crianças. Para os pequenos as artes marciais são especialmente benéficas. É uma forma dinâmica de despertar o interesse pela atividade física, algo que ainda não é totalmente apreciado por este público.
Algumas academias empregam-se exercícios lúdicos para que as aulas sejam prazerosas, pois o que criança gosta mesmo é de brincar. O treino bem adaptado a essa faixa etária não perde nada em sua essência, pois as brincadeiras são programadas para desenvolver as técnicas de forma indireta. A sensação é de estar brincando, mas cada brincadeira tem uma função específica que pode ser a habilidade de esquivar, saltar, chutar alto, socar, rolar, etc.
Mais do que assimilar golpes, as lutas ajudam no desenvolvimento da coordenação motora, lateralidade e equilíbrio, além de prevenir e combater a obesidade. Professores e pais relatam melhorias no desempenho escolar da criança que pratica uma luta. O aumento da autoestima e da segurança também estão entre os ganhos frequentemente mencionados.
Fonte:
Amanda Martins: amanda.martins@lfcom.com.br
Paranashop: http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?id=28606&op=saude